quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Mal Necessário? Mal, Necessário.

Oi, três leitores! Acompanhem meu raciocínio:
E se o mal fosse tão necessário para o bem, e o bem para o mal, que um precisasse vitalmente do outro?

Uma trama precisa de um antagonista tanto quanto de um protagonista. Uma história com apenas um dos lados ficaria muito chata!

O que seria do Atlético sem o Cruzeiro? E a vida do Grêmio sem o Internacional certamente ficaria vazia.

Se um super-herói acabar definitivamente com o seu arqui-inimigo, o que ele fara pelo resto da vida (resto da eternidade, no caso de um herói imortal, eles existem!)? Ele teria que cuidar de uma horta, compra um vídeo-game, intensificar na leitura... e ainda assim sobraria muito (muito, mesmo) tempo.

Isso tudo ficou fazendo "tuim" na minha cabeça quando eu assisti a animação "Megamente". No filme, o vilão (?) Megamente vive, literalmente, fracassando em suas tentativas de aniquilar o herói Metroman. Mas, um dia, inesperadamente ele consegue derrotar o rival. No princípio tudo é festa, ele faz o que bem quer pela cidade, usa e abusa até que... ele sente falta de seu eterno oponente. Isso mesmo, a grande motivação da vida dele era se degladiar com o mocinho da história. Agora ele era tão absoluto, que sua vida perdera o sentido. A  depressão do cabeçudo foi tamanha, que a saída que ele encontrou foi "fabricar" um novo oponente para si.

Ainda falando de filmes, esse pensamento foi reforçado na minha cachola quando o impagável Coringa declarou a seguinte frase para o morcegão Batman:
"-Eu não quero te matar. O que eu faria sem você? Você me completa!"

Essa questão serve para inúmeros contextos, até para assuntos mais delicados de se tratar, como religião. Haja visto o lugar de extremo destaque e importância que Lúcifer (diabo, satanás, capiroto, zé do garfo, como preferir) ocupa no cristianismo. Ele é uma peça tão vital na engrenagem, que sem ele, simplesmente o cristianismo como conhecemos não existiria. Tudo o que foi já não seria.

Talvez o equilíbrio que o mal trás para o bem seja necessário. Talvez o mal também ficaria sem saber o que fazer se triunfasse, tal qual o adorável Megamente.

Talvez, bem lá no fundo, o Corinthians seja uma parte importante do Palmeiras, e vice-versa.

Talvez tudo nas nossas vidas seja um grande Yin-yang. Talvez!

Até a próxima!

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Saindo do Armário

Meus dois leitores e meio, quanto tempo!

Tenho andado meio longe disso aqui, mas a cachola continua viajando como sempre, pensando em todas as possibilidades e bobagens possíveis. Sendo assim, sem mais delongas, vamos ao que não interessa!
Eu sempre fui diferente da maioria das pessoas, desde sempre. Sempre pensei mais que a maioria, analisei mais que a maioria, sempre questionei mais que a maioria. Em assuntos que a maioria prefere simplesmente aceitar e digerir o que lhe foi passado ou ensinado, eu prefiro questionar. Situações que a maioria condena e acha errado, eu digo: "Mas, espera, qual o problema nisso?". Mesmo em assuntos delicados e considerados tabu, eu não mudo a forma de pensar. Ótimo, que supimpa, vida longa as pessoas de personalidade que vão na contramão da maioria, certo? Errado!

Ao longo dos anos (especialmente nos últimos), isso me trouxe milhares de polêmicas, muitos ônus e alguns inimigos. O simples fato de raciocinar sobre determinados assuntos e, as vezes, chegar a uma conclusão diferente da opinião da massa, tem um poder enorme de fazer as pessoas mudarem de opinião em relação a você. Uma simples pergunta sobre algo que é considerado uma verdade absoluta tem o poder de deixar alguns aterrorizados.

O título da postagem certamente tem uma conotação de opção sexual, mas me ocorreu após ler um artigo sobre religião, e um comentário que tinha o seguinte final: "...desde que eu sou um ateu fora do armário." Não é fácil "sair do armário" e ser diferente do resto do mundo, seja qual for a situação ou o contexto. O fantasma da opinião alheia e da aceitação assombra, sim. Confesso que durante um curto período de tempo eu tentei ser o que as pessoas queriam que eu fosse, falar o que elas queriam que eu falasse, pensar o que elas queriam que eu pensasse. Eu odiei, e me analisando, senti vergonha do que eu estava me tornando. Preferi pagar o preço de ser eu mesmo. Se vale a pena? Uma frase da música Dom de iludir, de Caetano Veloso, diz tudo a respeito:
"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é."

Até a vista, pessoal!