Oi, três leitores! Acompanhem meu raciocínio:
E se o mal fosse tão necessário para o bem, e o bem para o mal, que um precisasse vitalmente do outro?
Uma trama precisa de um antagonista tanto quanto de um protagonista. Uma história com apenas um dos lados ficaria muito chata!
O que seria do Atlético sem o Cruzeiro? E a vida do Grêmio sem o Internacional certamente ficaria vazia.
Se um super-herói acabar definitivamente com o seu arqui-inimigo, o que ele fara pelo resto da vida (resto da eternidade, no caso de um herói imortal, eles existem!)? Ele teria que cuidar de uma horta, compra um vídeo-game, intensificar na leitura... e ainda assim sobraria muito (muito, mesmo) tempo.
Isso tudo ficou fazendo "tuim" na minha cabeça quando eu assisti a animação "Megamente". No filme, o vilão (?) Megamente vive, literalmente, fracassando em suas tentativas de aniquilar o herói Metroman. Mas, um dia, inesperadamente ele consegue derrotar o rival. No princípio tudo é festa, ele faz o que bem quer pela cidade, usa e abusa até que... ele sente falta de seu eterno oponente. Isso mesmo, a grande motivação da vida dele era se degladiar com o mocinho da história. Agora ele era tão absoluto, que sua vida perdera o sentido. A depressão do cabeçudo foi tamanha, que a saída que ele encontrou foi "fabricar" um novo oponente para si.
Ainda falando de filmes, esse pensamento foi reforçado na minha cachola quando o impagável Coringa declarou a seguinte frase para o morcegão Batman:
"-Eu não quero te matar. O que eu faria sem você? Você me completa!"
Essa questão serve para inúmeros contextos, até para assuntos mais delicados de se tratar, como religião. Haja visto o lugar de extremo destaque e importância que Lúcifer (diabo, satanás, capiroto, zé do garfo, como preferir) ocupa no cristianismo. Ele é uma peça tão vital na engrenagem, que sem ele, simplesmente o cristianismo como conhecemos não existiria. Tudo o que foi já não seria.
Talvez o equilíbrio que o mal trás para o bem seja necessário. Talvez o mal também ficaria sem saber o que fazer se triunfasse, tal qual o adorável Megamente.
Talvez, bem lá no fundo, o Corinthians seja uma parte importante do Palmeiras, e vice-versa.
Talvez tudo nas nossas vidas seja um grande Yin-yang. Talvez!
Até a próxima!